quinta-feira, 25 de julho de 2013

    Já ouvi muita gente dizer que "algumas coisas nunca mudam". Acreditei nisso por muito tempo, repeti como um mantra e consolei muitas pessoas com essas palavras. Não penso mais dessa forma, sinal de que as coisas mudam! Hoje fiz algo imperdoável, que já tinha feito antes, recebi uma notícia arrasadora, que já recebi outras vezes. Deitei na cama, virei de um lado para o outro, acreditando chorar o mesmo choro de anos, não era. 
   Pensei que talvez fosse bom escrever, para organizar as ideias, os sentimentos e quem sabe cessar as lágrimas. Foi então que percebi, escrever nem sempre fora uma opção. Já escrevi muito para extirpar sentimentos, hoje escrevo para organizar minha mente. Já amei para sofrer - pode parecer doentio, mas me fazia acreditar que aquele era o maior amor do mundo! Não amava porque queria, mas porque era a única coisa que existia para mim. Agora amo porque quero o conforto e a leveza desse outro amor. Nenhum dos dois é melhor, mas - agora é a hora que eu deveria dizer que "algumas coisas nunca mudam", mas elas mudam sim.
    Nenhum dos dois é melhor, mas hoje eu não escolheria o sofrimento, porque eu já o tive. Já a leveza, bom, ela nem sempre é a heroína da dicotomia peso x leveza, mas eu a escolhi. As coisas mudam, sempre. Estamos sempre procurando por um padrão para vida e quem procura acha - nesse ditado eu ainda acredito - mas, nem sempre encontramos a verdade. Nunca achei um padrão que fosse real, infelizmente, pois ele faria  com que eu me sentisse mais segura e menos culpada. As coisas mudam e temos que aprender a lidar com isso. As coisas mudam e as pessoas também, basta permitir.

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